quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ecos do passado

A poeira rasteira das lembranças guiam os dias mais lentos que agora fazem parte de tudo que sou. Perco-me no infinito dos sonhos não realizados, e simplismente entorpeço-me em doses amargas de álcool e analgésicos.
Os tolos olham com otimismo a vantagem de mais um dia, enquanto eu lamento profundamente cada amanhecer. Escondi nas sombras todo o brilho dos momentos outrora aproveitados com sorrisos e vigor. Minha prisão é o tempo.
Angustiado sigo indolente esperando o pretenso descanso prometido, descanso este que nem sei se mereço. Levo comigo a dor e a saudade; sei que assim será sempre. Não obstante sonhei com dias felizes, quando tudo parecia colorido e vivaz. Estes sonhos, perdidos ao despertar, jogam-me sem piedade de volta ao frio infernal da realidade.
(Autor: Marcelo Araujo)

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