quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fim do dia

O fim do dia se aproxima e penso que nada mudou, parece-me que nada muda.
Tentei respirar outros ares, conhecer outros lugares, transformar tudo, mas não deu! Passei por ruas diferentes, bares desconhecidos, vielas que pareciam não mais ter fim. E sempre a sensação de não deslocar-me um milímetro sequer. São locais frios, com as mesmas cores estanques e de vida fugaz.
Conheci os mais diversos tipos de pessoas, todas iguais. Dos mais puritanos aos mais pervertidos seres que conheci, todos baseiam suas vidas de forma igual, em busca de uma falsa moral de felicidade. São as mesmas angústias e frustrações, os mesmos pecados e virtudes, os mesmos anseios infantis que jamais deveriam ter saido do âmbito onírico para tornar-se planos de vida.
O fim do dia se aproxima e nada mudou, nunca muda, nunca mudará.
(Por: Marcelo Araujo)

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