quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A queda

É estranho,
Estou certo como nunca mais.
Não tão certo...
Mas aqui jaz
Imóvel, impune, incólume.
Caindo, morrendo...
Perdendo os sentidos.
Esperando o teu olhar frio
Lembro do calor perdido.
Alguém se aproxima
Não entendo...
Sou arrastado
Este caminho não conheço
É escuro, tranquilo
Todas as sombras unidas
Um eterno apagar de chamas
É o meu fim!
(Por: Marcelo Araujo)

Meu verão

Desfaz ressaca toda redenção
Mais um verão.
Eu juro: não queria.
Vejo a vida passar
Mas estou distante, estou só.
Sou o sal das lágrimas
Náusea febril de criança pobre
Gosto ruim de fruta podre
Ponte para recordações
Sentença de condenação.
Acordo com o som de tua voz
Um sonho.
Essa eu mereci.
Destruí todo meu Eu
Agora tudo faz sentido, estou só.
Sou nossa desgraça
Desventura de desejos não realizados
Crepúsculo do que há de bom
Estrada infinita do inferno
A miséria que habita em nós.
(Por: Marcelo Araujo)