quinta-feira, 1 de março de 2012

Ainda estou só.

Permanecia cercado de livros, poeira e um sentimento de que tudo não deveria ser
Entre tantos goles encontrei o doce sentido de estar presente
E inventei uma vida antes de adormecer.

Não esperava acordar, nem mesmo desejava voltar
Os pensamentos ainda confusos me guiavam ao infinito
Imaginei qualquer tudo.
Sentia-me fora de controle e vivo, muito vivo... leve.

Nunca me permiti tanto.
Surpreendente perceber cada pedaço de mim,
Meus sentidos não seguem mais regras
Agora simplesmente sou.

Não há mais qualquer limite após este adormecer
Tudo que já foi aprendido é inútil
A verdade se apresenta pura e indivisível
O passado ou qualquer noção de tempo não importam.

No entanto desperto para perceber o quão distante fui
Não consigo mais sentir o mundo ao redor
No copo vazio e na estante empoeirada está minha essência.

(Autor: Marcelo Araujo)