quinta-feira, 1 de março de 2012

Ainda estou só.

Permanecia cercado de livros, poeira e um sentimento de que tudo não deveria ser
Entre tantos goles encontrei o doce sentido de estar presente
E inventei uma vida antes de adormecer.

Não esperava acordar, nem mesmo desejava voltar
Os pensamentos ainda confusos me guiavam ao infinito
Imaginei qualquer tudo.
Sentia-me fora de controle e vivo, muito vivo... leve.

Nunca me permiti tanto.
Surpreendente perceber cada pedaço de mim,
Meus sentidos não seguem mais regras
Agora simplesmente sou.

Não há mais qualquer limite após este adormecer
Tudo que já foi aprendido é inútil
A verdade se apresenta pura e indivisível
O passado ou qualquer noção de tempo não importam.

No entanto desperto para perceber o quão distante fui
Não consigo mais sentir o mundo ao redor
No copo vazio e na estante empoeirada está minha essência.

(Autor: Marcelo Araujo)




terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os sons da vida

O silêncio se foi.
Agora a música guia cada segundo
Dos acordes graves do soturno
Ao ritmo dançante dos melhores dias.
Tudo flui em ondas
E a vida vai.

Em solo a buscar perfeição
Lamento os duetos sem sucesso
E rindo dessas letras infâmes
Deixo sempre estar.
Tudo flui em sons
E a vida vai.

A vibração:
Permissão e dança
Luz e nascimento
Encanto e morte.
Tudo flui como música
E a vida vai.

(Autor: Marcelo Araujo)