quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sono

Está escuro, mas não tenho medo
Sinto frio como de um último suspiro
Ouço o silêncio que a noite traz.
Espero confuso por nada,
Os pensamentos não fazem sentido.
Tudo me parece diferente
Tento tatear meu caminho sem luz.
Procuro um repouso
Sei que posso cair, mas não há medo.
Preciso sair, fugir, entender
Ver o mundo além de mim,
Mas sozinho não consigo.
Busco meu amigo entorpecente
Deito-me para fechar os olhos
E vejo o infinito
A sequência perfeita da não-razão.
As respostas estão aqui...
(Por: Marcelo Araujo)

Santificado seja o teu legado

As sombras perseguem.
É o passado
História de sangue
Máscara de glória.
Condenados...
Mortos em nome do Pai...
Filho...
Espirito de porco.

Segue sempre a regra
Eterno retorno
Vida eterna
Dor e sofrimento.
Condenados...
Mortos em nome do Pai...
Filho...
Espírito de porco.

Almas perdidas passeiam
Vagam sem rumo
No infinito submundo
Poder, alienação, luxúria.
Condenados...
Mortos em nome do Pai...
Filho...
Espirito de porco.

(Por: Marcelo Araujo)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Reflexo

Desejo, sentido, tato.

Eu sou a fome
A viagem sem volta dos nascidos.
Sou o segredo da noite fria.
O silêncio confuso do sono.

Eu sou a inveja
O impulso dos conscientes
Sou a derrota marcada
A lágrima a razão.

Eu sou o progresso
A evolução da pura alma
Sou teu crime
O violento caminho do saber.

Eu sou Homicídio
Fast-food, petróleo, dinamite
Sou a sarjeta da tua esquina
A verdade por trás de tudo.

Eu sou você.

(Por: Marcelo Araujo)